1. Como fizemos

3'27" para ver como se trabalhou na equipa de paleógrafos, da importação de um ficheiro nos arquivos digitais do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT, Lisboa) até ao texto transcrito pela máquina na plataforma Transkribus.

2. Normas e critérios de transcrição

Critérios de transcrição

Lista de caracteres

3. A paleografia digital e os Estudos Inquisitoriais

Na última década, dois fatores merecem destaque. Por um lado, muitos arquivos europeus digitalizam as suas coleções. O crescente número de reproduções digitais disponíveis em linha, o avanço qualitativo nas técnicas de reprodução digital e o desenvolvimento de novos métodos digitais para analisar escritas e suportes de escrita fomentam o interesse pela base material do património cultural escrito. Por outro lado, a investigação em Paleografia na Era Digital melhorou muito nas técnicas de reprodução, métodos de manipulação de imagens para melhorar a legibilidade, pesquisa léxico-estatística e bancos de dados de materiais escritos. Mas a distância entre imagens e textos continua grande. A maioria dos fundos digitalizados raramente tem uma ferramenta de busca que permita o acesso à informação interna e não apenas às fichas de catalogação.

É o caso da documentação inquisitorial da Torre do Tombo: parte dela está digitalizada a partir dos documentos originais, mas sem ferramenta de busca. O uso da paleografia digital para a transcrição dos textos permite a leitura por todos das grandes coleções e a criação de bases de dados que podem ser pesquisadas com base numa ampla gama de critérios, como nome da pessoa, caligrafia e local, para citar apenas três exemplos básicos. O projeto TraPrInq visava explorar formas específicas de preencher uma lacuna tão drástica quanto ao acesso público a uma grande coleção de documentos históricos, os processos do tribunal da Inquisição portuguesa (1536-1821). Esta coleção é a mais bem preservada, centralizada e rica que existe no mundo, em particular nos países onde existiu no passado um tribunal do Santo Ofício.

 

4. A plataforma de paleografia digital Transkribus

A equipa de TraPrInq criou o modelo genérico de HTR "Portuguese Handwriting 16th-19th c." na plataforma Transkribus, parte da sociedade cooperativa europeia ReadCoop.